14 nov, 2019
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O Brasil é a região que mais recebe raios no mundo: cerca de 50 milhões de descargas do tipo acontecem todos os anos em nosso país.

A falta de manutenção ou até inexistência de para-raios ou Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) pode trazer prejuízos, acidentes e até risco de morte para quem vive no condomínio.

COMO FUNCIONA
Quando um raio atinge um edifício protegido, a descarga elétrica percorre o para-raios, atinge o sistema de cabos e segue até atingir o solo, onde se dissipa e perde a força.

Sem essa proteção, ou com um sistema inadequado, o raio pode danificar a estrutura do edifício, percorrer as instalações elétricas e também põe em risco os condôminos que estiverem circulando pelas dependências do condomínio no momento da queda do raio.

TIPOS DE PARA-RAIOS
Os dois tipos mais comuns de equipamentos são Franklin e a Gaiola de Faraday. Para proteção adequada, no caso de prédios com mais de 20 metros de altura, recomenda-se a instalação dos dois sistemas, que trabalharão conjuntamente na proteção do condomínio.

NORMA NBR 5419
A norma que regulamenta esse tipo de equipamento no Brasil foi atualizada em 2015, pensando em manter os edifícios brasileiros mais protegidos de descargas elétricas. Com essas novidades, veio também a necessidade de se fazer uma vistoria visual do equipamento a cada seis meses – antes, a manutenção preventiva do sistema era efetuada anualmente.

RISCOS
Caso o equipamento não esteja funcionando corretamente, seu condomínio pode sofrer uma descarga atmosférica, e com isso, outras situações podem ocorrer como:
– Queima de equipamentos
– Invalidação do Seguro
– Danos a estrutura da edificação
– Risco de Choques
– Risco de Morte

MANUTENÇÃO
Depois de instalado, o para-raios deve ser checado semestralmente, sendo vistoriado por empresa especializada em medição ôhmica (resistência de aterramento). Outras ações devem ser realizadas:
– Realize a vistoria das condições das hastes.
– Verifique se a lâmpada da luz piloto do mastro do para-raios não está queimada.
– A caixa d’água também pode atrair raios, por isso ela precisa estar aterrada.
– Faça limpeza no cabeamento e nos captores, e troque-os se necessário.
– Após a incidência direta de uma descarga atmosférica na estrutura o sistema deverá ser verificado após a chuva passar, independentemente do tempo da última revisão.
– Antenas convencionais, de operadoras de celular ou de TV por assinatura via satélite estar aterrada, conectada ao sistema de para-raios e com uma base para sua fixação.
– Mantenha o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) e o Seguro do condomínio em dia, para que em casos de emergência ou acidentes você não tenha problemas.

É importante lembrar que em casos de falta de manutenção em qualquer equipamento do condomínio, o síndico pode ser responsabilizado por negligência e o seguro do condomínio invalidado.